Foto: cm7brasil
Na última segunda-feira, um caso chocante abalou a comunidade de Tangará da Serra, município localizado a 242 km de Cuiabá, no estado de Mato Grosso. Carlos de Souza Pedrosa, um professor aposentado de 58 anos natural de Pirapanema, distrito de Muriaé, foi encontrado morto dentro de um freezer abandonado em uma área rural. O pedagogo, conhecido carinhosamente como “Carlinhos”, estava desaparecido desde o dia 6 de agosto deste ano.
Carlos de Souza Pedrosa, nascido em 6 de março de 1966, em Pirapanema, formou-se em pedagogia em 1994. Após sua graduação, iniciou sua carreira no centro municipal de ensino fundamental e infantil de Tangará da Serra em 1999 e, ao longo dos anos, trabalhou em várias escolas da cidade. Residindo sozinho, o professor havia fornecido abrigo temporário a dois jovens, ambos de 19 anos, que agora são suspeitos de seu assassinato.
Os jovens, identificados pela polícia, eram sustentados financeiramente por Carlos e usavam a residência do professor como um ponto de consumo de drogas. A relação, que parecia inicialmente de ajuda mútua, deteriorou-se com o tempo. Segundo informações fornecidas pelo delegado responsável pelo caso, Carlos havia planejado vender todos os seus bens e se mudar da cidade. Essa decisão causou inquietação na dupla, que temia ficar sem moradia e havia se envolvido em desentendimentos com o professor, agravados pelo consumo excessivo de álcool e drogas.
No dia 5 de agosto, os suspeitos utilizaram cartões de crédito da vítima e foram presos por furto. Após serem ouvidos na delegacia e autuados por roubo, foram soltos, com o desaparecimento de Carlos sendo registrado dois dias depois. Durante as investigações, a polícia descobriu móveis pertencentes ao professor na casa de uma tia de um dos suspeitos. Isso levou à confissão do crime pelo jovem, que revelou a localização do corpo, encontrado no freezer.
O segundo suspeito, ainda não capturado, está sendo ativamente procurado pela polícia. A Perícia Técnica e o Instituto Médico Legal (IML) realizaram exames de necrópsia no corpo de Carlos, e as investigações continuam para reunir todos os detalhes do crime e assegurar que todos os envolvidos sejam responsabilizados.
Este caso tem causado grande consternação na comunidade local e reacendeu o debate sobre a segurança e as condições de vida de pessoas que, em situações de vulnerabilidade, acabam se tornando alvos de violência. A polícia continua trabalhando para localizar o segundo suspeito e garantir justiça para a vítima.