Com o objetivo de apurar associação criminosa liderada por ex-presidente da Câmara de Muriaé, operação Catarse VI cumpre três mandados no município da Zona da Mata

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata, em conjunto com a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Muriaé e com as Polícias Militar e Civil de Minas Gerais, deflagrou na manhã de hoje, 10 de julho, a sexta fase da operação Catarse.  

A ação tem como objetivo investigar associação criminosa liderada por ex-presidente da Câmara Municipal de Muriaé, destinada ao cometimento de crimes de lavagem de dinheiro. Segundo apurado, o ex-parlamentar é suspeito de movimentar grandes quantias de dinheiro através de contas bancárias de familiares. Até o momento, já foram apurados quase 800 crimes contra a Administração Pública.

Nesta etapa, estão sendo cumpridos três mandados judiciais no município de Muriaé, com a participação de promotores de Justiça, servidores do MPMG, policiais militares e civis.

Segundo as investigações, verificou-se que o ex-vereador, que já ocupou a presidência da Câmara Municipal de Muriaé, sistematicamente, agiu e age para ocultar e dissimular a propriedade de veículos, empresas, imóveis, máquinas, gados e dinheiro pertencentes a ele, inclusive movimentando grandes quantias através de contas bancárias de familiares.

Segundo o promotor de Justiça Breno Costa da Silva Coelho, coordenador do Gaeco, a operação Catarse, iniciada em novembro de 2021, já possibilitou o cumprimento de 62 mandados de busca e apreensão, inclusive contra cinco vereadores em exercício, três ex-vereadores, seis postos de gasolina, três construtoras e 14 empresários. Também foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, dois de afastamento de cargos públicos e dez mandados cautelares de proibição de contratação com a Administração Pública.

Até o momento, já foram apurados quase 800 crimes contra a Administração Pública, entre concussão, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, peculato e associação criminosa.

Além disso, já foram indisponibilizados/bloqueados/apreendidos os seguintes bens: três imóveis situados em Muriaé; R$ 310.550,96 em cheques apreendidos; R$ 77.228,30 em dinheiro apreendido; R$ 34.481,92 bloqueados judicialmente; três caminhões; duas escavadeiras; uma carregadeira; duas caminhonetes; um ônibus; sete carros; três reboques e uma moto.

 

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