O Brasil alcançou, nesta quarta-feira (19), a marca de 6 milhões de casos confirmados de dengue em 2024, de acordo com o painel de monitoramento do Ministério da Saúde. Esse número representa um aumento alarmante em comparação a 2023, quando o país registrou pouco mais de 1,6 milhão de casos. A doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, atingiu seu pico em março deste ano, com mais de 1,6 milhão de infecções, e embora tenha mostrado uma desaceleração a partir de maio, a situação permanece preocupante.
Em março, a dengue alcançou seu ápice com um número superior a 1,6 milhão de casos, seguido por abril, que teve mais de 1,5 milhão de registros. A partir de maio, a transmissão apresentou uma desaceleração, com aproximadamente 960 mil novas confirmações. Apesar dessa redução, o número de óbitos causados pela dengue aumentou de forma significativa, crescendo 71% no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023. Em junho, o Brasil contabilizou 4.000 mortes, enquanto todo o ano passado somou 1.179 óbitos.
A análise demográfica revela que as mulheres são as mais afetadas, representando 54,9% dos casos prováveis, enquanto os homens correspondem a 45,1%. A faixa etária entre 20 e 49 anos concentra quase 50% dos casos, com jovens entre 20 e 29 anos sendo os mais impactados. Em termos de raça, pessoas brancas somam 49,5% das infecções, seguidas por pardos (42,6%), pretos (6,3%), amarelos (1,3%) e indígenas (0,3%).
No panorama regional, o Sudeste lidera com mais de 3,8 milhões de casos, seguido pelo Sul (1,1 milhão), Centro-Oeste (600 mil), Nordeste (321 mil) e Norte (48 mil). Alguns estados, como Rio de Janeiro e Minas Gerais, decretaram o fim da epidemia, mas a dengue ainda é uma ameaça significativa em muitas áreas do país. São Paulo, por exemplo, registra mais de 1.100 mortes, representando mais de 25% do total nacional, e possui o segundo maior número de notificações, com 1,8 milhão de casos, ficando atrás apenas de Minas Gerais, com 1,6 milhão. A situação exige atenção contínua das autoridades de saúde e da população para controlar a disseminação da doença.
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