JOAQUIM BEBIANO DA COSTA
Joaquim costa nasceu em 23/08/1894 era filho de Joana e José da Costa. Joaquim era bonito, inteligente, autodidata, entendido em farmácia e botânica medicinal. Em 23 de julho de 1913 contraiu núpcias com dona Rita Maria de Jesus. Desta união nasceram 12 filhos sendo que apenas 9 sobreviveram. Tornou-se proprietário das Fazendas Serrote e Pedra cheirosa onde se destacou como grande pecuarista e agricultor chegando a colher duas mil arrobas de café por ano, dedicou-se também a criação de muares, éguas , jumentos e burros para a formação de tropas.
Foi ali também que o Sr. Joaquim Costa plantou espécies botânicas de valor medicinal, aprendeu a manipular remédios alopáticos e montou seu laboratório de farmácia. Destacou-se como “tratador” sendo procurado por enfermos dos mais variados lugares para receberem seu tratamento. Nunca negava ajuda a quem o procurava chegando a transformar o andar térreo de sua casa em local de guarida aos doentes mais graves , também aos desvalidos e aos que já não podiam regressar. Recebia bem as pessoas e era muito generoso. Sua fazenda parecia um povoado de tanta gente lá abrigada além dos muitos colonos que lá trabalhavam. Mesmo com doentes abrigados em sua casa nunca se negava a se deslocar a outros locais como Monte Alverne , Santa Bárbara, Bom Jesus do Madeira e até mesmo em São Francisco do Glória para atender quem precisasse de seus préstimos. O amor pela medicina permanece na família sendo seus netos, Dr. Paulo Vicente um destacado cirurgião em Muriaé e Eder Santos dedica-se à carreira de técnico em enfermagem.
Por sua conduta exemplar o Sr. Joaquim Costa era muito acatado e respeitado em toda região. Por várias vezes atuou como jurado em Muriaé e em Miradouro foi eleito vereador para o mandato 1951-1954 desempenhando com rara habilidade o seu mandato, prestando relevantes serviços ao município, cumprindo diante do povo que o elegeu, um dos maiores, senão dos mais sagrados de seus deveres.
Casou-se pela segunda vez aos 71 anos com Esmelinda Carvalho(Dª Tita) . Dessa união nasceram 4 filhos sendo que apenas as duas meninas, Ilva e Dalva, sobreviveram. Dª Tita ainda hoje. preserva parte da fazenda e cuida bem do casarão e das lembranças deixadas por seu bom e ilustre marido.
Fonte: Pesquisa realizada pela Embaixatriz Nina Campos
Miradouro Jornal – Ed. Nº 3 – Setembro de 1959
VÂNIA FREITAS – PROFESSORA DE HISTÓRIA DA REDE MUNICIPAL
COLABORAÇÃO: LUCAS MONTEIRO / CLEBER PARADELAS
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